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Borboletas e Curiosidades

Informações e Notícias

Como são as borboletas

Borboletas e mariposas possuem escamas coloridas nas asas.  Como todo inseto, borboletas e mariposas têm o corpo dividido em 3 partes: cabeça, tórax e abdômen. Na cabeça tem 1 par de antenas, 1 par de olhos compostos (formados por várias lentes) e a boca, na forma de um canudinho usado para sugar o néctar das flores. No tórax tem 6 patas e em geral 2 pares de asas. No abdômen encontram-se os órgãos vegetativos e reprodutivos. Borboletas e mariposas apresentam 4 fases distintas em seu desenvolvimento: ovo, lagarta - fase jovem, crisálida - transformação e borboleta - fase adulta.

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Fonte: Fiocruz

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A importância dos insetos

     Os insetos habitam a Terra há milhões de anos, e representam mais que 70% de todas espécies descritas, podendo chegar a 5 a 10 milhões de espécies, segundo estimativas (Grimaldi & Engel, 2005). 

     Os insetos possuem esse sucesso evolutivo, por vários motivos: habitam praticamente todos os ambientes do planeta; possuem exoesqueleto; possuem asas que garantem o voo; tem ovos resistentes; e alguns sofrem metamorfose (transformações metabólicas e anatômicas), como as borboletas.

     Os insetos desempenham funções importantes nos ecossistemas, como:

  • São polinizadores e recicladores de nutrientes

  • Polinizam 75% das plantações no mundo; reabastecem os solos e mantêm o número de pragas sob controle (competição)

  • São base de cadeias tróficas, pois se alimentam de plantas e servem de alimento para outros animais (pássaros, pequenos mamíferos, répteis, anfíbios e peixes).

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Fonte: Brasil Escola

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Diversidade das borboletas


    A ordem Lepidoptera é a segunda maior em número de espécies dentre os insetos, com cerca de 180 mil espécies, sendo sua maior diversidade encontrada na região Neotropical, quase 8 mil espécies  (DeVries et al. 1997, Lamas 2008), e as ocorrentes no Brasil somam mais de 3 mil espécies (Brown & Freitas 2000). 

    As borboletas são divididas em duas superfamílias, sendo representadas por seis famílias, Hesperioidea (Hesperiidae) e Papilionoidea (Papilionidae, Pieridae, Nymphalidae, Lycaenidae e Riodinidae). Elas podem ser separadas basicamente em duas guildas quanto à alimentação dos adultos: as nectarívoras (se alimentam de néctar e pólen), e as frugívoras (frutos em decomposição, excrementos, exsudatos), que são predominantemente tropicais e subtropicais (Freitas et al. 2014).

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Como as borboletas são coletadas

     As borboletas são organismos de fácil amostragem e grande popularidade, e tem sido usadas como modelos biológicos em vários estudos há décadas, devido à sua abundância, riqueza de espécies e ciclo de vida curto. Várias espécies de borboletas são bioindicadoras ambientais devido sua sensibilidade a distúrbios e importância no funcionamento dos sistemas naturais (Brown 1997b, DeVries et al. 1997).

    As borboletas nectarívoras são coletadas com redes entomológicas, e as frugívoras são coletadas com armadilhas de isca fermentada (banana e caldo-de-cana).

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O declínio das espécies de insetos

      Uma revisão abordando os impactos sobre a perda de espécies de insetos compilou informações de 73 estudos no globo, principalmente da Europa e na América do Norte, mas a maioria das espécies de insetos vivem nos trópicos e não há pesquisas suficientes. Os resultados são preocupantes:

  • A proporção de espécies de insetos em declínio (41%) é duas vezes maior que a dos vertebrados;

  • Lepidoptera, Hymenoptera e Coleoptera são os grupos mais afetados;

  • Espécies pragas e que se reproduzem rápido, como moscas domésticas e baratas, provavelmente irão prosperar, devido o clima mais quente e redução de inimigos naturais.

   Os principais fatores citados que levam ao desaparecimento de insetos são: a perda de habitat, devido às práticas agrícolas, urbanização e desmatamento; o aumento no uso de fertilizantes e pesticidas na agricultura, com poluentes químicos; fatores biológicos, como espécies invasoras e patógenos (competição, doenças, vírus); e o aumento da temperatura global devido às mudanças climáticas, principalmente em áreas tropicais, pois muitas espécies não possuem capacidade rápida de adaptação.

    Soluções principais sugeridas: a preservação e restauração de florestas; redução drástica nos insumos agroquímicos e 'redesenho' agrícola; medidas globais para controle das mudanças globais de clima e poluição; e investimento em pesquisa e tecnologia.

Fonte: Sanchez-Bayo & Wyckhuys 2019.

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